segunda-feira, 28 de junho de 2010

Como conhecer a vontade de Deus.

Como conhecer a vontade de Deus.


Vinícius Mendes de Oliveira

INTRODUÇÃO

Conhecer a vontade de Deus deve ser a mais ávida busca de um cristão. Nessa revelação reside o segredo do sucesso em todos os âmbitos da vida, sobretudo, com vistas à eternidade. Davi reflete sobre isso, no salmo 121, especialmente nos versos 7 e 8.

O salmo 121 foi escrito por Davi num contexto de terrível adversidade. Ele era fugitivo, havia se encontrado pela última vez com seu amigo Jônatas – ele sabia que era a última vez - , o profeta Samuel – seu tutor e protetor humano- havia morrido e, entre outras circunstâncias adversas, Davi estava longe de casa. Muito provavelmente escreveu essas linhas no deserto, que é símbolo de solidão e escassez. Fugindo de uma severa e injustificada perseguição de Saul, longe da família, acossado pela angústia, pelo medo e pela solidão, Davi precisava conhecer a vontade de Deus.

Olhando para os altaneiros montes que circundavam Jerusalém Davi pergunta: de onde me virá o socorro? A resposta: o meu socorro vem do Senhor.

COMO DEUS REVELAVA SUA VONTADE NAS BATALHAS DO ANTIGO TESTAMENTO

Davi sabia o que estava dizendo. Ele era um guerreiro. Tinha um exército de pelo menos quatrocentos homens à sua disposição. As lutas que empreendiam eram em nome de Deus. Por isso, Davi precisava dos dois aspectos da proteção de Deus: espiritual e material. No verso 8 do salmo 121, lemos: “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre”. Entrada e saída são expressão de guerra muito conhecidas por Davi. Um guerreiro de Deus só deveria lutar com a autorização do Grande General. Só um guerreiro sensível à voz de Deus poderia discernir quando entrar e sair.

Davi viveu várias situações reais em que precisou, como general, conhecer a vontade de Deus. Uma em especial encontra-se registrada em I Samuel 23.

Nesse relato, Davi encontra-se diante de uma decisão: lutar ou não lutar em favor de uma cidade cujo nome era Queila. O texto diz que Davi consultou ao Senhor e Este lhe respondeu afirmativamente. No entanto, o verso 7, apresenta um aparente paradoxo: “Então foi anunciado a Saul que Davi tinha ido a Queila; e disse Saul: Deus o entregou nas minhas mãos; pois está encerrado, porque entrou numa cidade que tem portas e ferrolhos.” Estamos diante de um quadro em que dois oponentes estão reivindicando a guia e proteção de Deus: Saul e Davi.

A pergunta que se faz, portanto é: através de que método Deus manifestava a Sua vontade, especialmente em contexto de guerra? O verso 6 é esclarecedor: “Ora, quando Abiatar, filho de Aimeleque, fugiu para Davi, a Queila, desceu com um éfode na mão.”

Abiatar era filho do sumo sacerdote Aimeleque o qual havia protegido Davi da fúria perseguidora de Saul e que por esse motivo fora morto juntamente com todos os seus. No entanto, Abiatar conseguiu escapar, levando consigo o éfode ou estola sacerdotal. O que isso informa? Ora a estola sacerdotal era a roupa oficial do sumo sacerdote na qual continha o peitoral do juízo com doze pedras preciosas. Esse peitoral era feito num formato de bolso a fim de que envolvesse duas grandes pedras preciosas que se chamavam Urim e Tumim. Essas pedras eram o meio pelo qual Deus revelava a Sua vontade a respeito das empreitadas bélicas. Diz assim Números 27: 21: “Ele, pois, se apresentará perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele inquirirá segundo o juízo do Urim, perante o Senhor; segundo a ordem de Eleazar sairão, e segundo a ordem de Eleazar entrarão, ele e todos os filhos de Israel, isto é, toda a congregação.” Diz Ellen White:

“À direita e à esquerda do peitoral havia duas grandes pedras de grande brilho. Estas eram conhecidas por Urim e Tumim. Por meio delas fazia-se saber a vontade de Deus pelo sumo sacerdote. Quando se traziam perante o Senhor questões para serem decididas, uma auréola de luz que rodeava a pedra preciosa à direita, era sinal do consentimento ou aprovação divina, ao passo que uma nuvem que ensombrava a pedra à esquerda, era prova de negação ou reprovação”.PP, p.351

Davi, corretamente, reivindicava a guia e proteção de Deus pois estava cumprindo o propósito estipulado pelo Senhor, ou seja, estava guerreando para honrar o nome de Deus e, principalmente, nesse contexto, tinha em suas mãos o meio pelo qual Deus manifestava a Sua vontade.

Quão confortadora é para um guerreiro de Deus a certeza que está fazendo o que é correto. Diante da lutas da vida todos nós podemos ter segurança no Assim diz o Senhor: Nas horas mais severas da vida somos convidados pelo Senhor a escutar a sua doce voz dizendo: “Este é o caminho andai nele” (Isaías 30: 21) Salmos 119:105 diz: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.”

A única segurança para um cristão é andar de acordo com a vontade de Deus. Por mais difícil e até louco que pareça, fazer o que Deus espera sempre é o melhor. O segredo do sucesso consiste em obedecer à vontade de Deus. Mas só pode obedecer quem está em condição de conhecer a revelação da vontade do Senhor. Isso estava efetivado na vida de Davi no referido episódio.

No entanto, essa não era uma realidade na vida de Saul. Deus o havia incumbido de ser Seu representante em Israel e, como tal, o guardião humano do povo. No relato de I Samuel 23, vemos uma cidade do povo de Deus sendo ameaçada pelos inimigos filisteus, mas Saul não mostra disposição em protegê-la; queria, na verdade, aproveitar o desprendimento de Davi em defender a cidade para aniquilá-lo. Diz Ellen White, no livro Patriarcas e Profetas, p. 650 “O demônio da inveja entrou no coração do rei.” Esse texto está em referência aos sentimentos de Saul em relação a Davi. Isso nos permite concluir que as decisões que Saul tomava estavam sendo baseadas em sentimentos escusos, como a inveja, e não no Assim diz o Senhor. Entretanto, o ímpio rei reivindicava direção de Deus. Isso permite inferir que é possível ser enganado por nossos sentimentos no que diz respeito à vontade de Deus. O cristão precisa ter sua mente guardada de todo o mal- inclui-se a inveja- para saber a vontade de Deus. A revelação da vontade de Deus vem para nos instruir no caminho certo, e este não é outro senão uma vida que se assemelha a Jesus e que se dispõe a obedecer a Deus irrestritamente e com coração puro. Esse não era o caso de Saul. Por isso não pôde vencer a Davi.

COMO DEUS MANIFESTA HOJE A SUA VONTADE

Vivemos em tempos pós-modernos e, mais do que nunca, precisamos conhecer a vontade de Deus. Mas como? O que seriam o Urim e Tumim pós-modernos? Urim e Tumim são palavras hebraicas para luz (revelação) e perfeição, respectivamente. Veja o que diz o apóstolo Paulo em Romanos 12: 1 e 2: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

Aí estão o Urim e Tumim dos nossos dias. Esse texto apresenta a chave pela qual podemos abrir os oráculos de Deus e conhecer a Sua vontade. No entanto, o apóstolo apresenta condições. Paulo usa a expressão “...não vos conformeis com este século...”. O termo conformar remete à idéia de ter a mesma forma de algo; e a palavra século refere-se ao tempo. Logo, poderíamos parafrasear essa expressão paulina assim: Não tenham a forma (ou estilo ou jeito) das pessoas desse tempo (no nosso caso, pós-modernas). Esse é um imperativo solene pois é condição para ter uma mente renovada na qual se revela “...a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Veja que as palavras perfeita e vontade fazem uma sutil referência ao Urim (Luz, revelação, vontade) e Tumim (perfeição).

O cristão que deseja sinceramente saber qual é vontade de Deus vai seguir essa solene recomendação de Deus. O apelo de Deus é que Seu povo não se pareça com as pessoas pós-modernas; que não pautem suas atitudes conforme as pessoas desse tempo. Deus deseja que Seu povo, no entanto, tenha um aspecto semelhante a Jesus. O senhor entristece-se quando Seus filhos imitam o comportamento e as atitudes das pessoas desse tempo. Ele lamenta por ver Seus filhos pensando, agindo, relacionando-se com os outros, vestindo, comendo, namorando, lendo, ou até mesmo adorando, como fazem as pessoas pós-modernas.

O Senhor anseia que, ao contrário do que geralmente tem acontecido, Seus filhos tenham como padrão de conduta a Jesus e aqueles que ao longo dos séculos têm imitado o humilde Salvador. Deus sonha que seu povo imite homens como Moisés, que rejeitou ser chamado filho da filha de Faraó, homens como João Batista que foi morto por proclamar a verdade, homens como os valdenses que pregaram a pura palavra de Deus e que por esse motivo foram perseguidos. Ao contrário de pós-modernos relativistas e duvidosos quanto à veracidade da palavra de Deus, devemos ser cristãos primitivos; aqueles da igreja primitiva que tinham tudo em comum “e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.”(Atos 2:42) e, por isso, inundaram o mundo com o Evangelho Eterno. Ao invés de pós-modernos, devemos ser primitivos! Diz a Serva do Senhor:

“Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. ... O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. Há um excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza destes movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus”. O Grande Conflito, págs. 464 e 465.

ENTRAVES PARA SE DISCERNIR A VONTADE DEUS

O povo de Deus pode/deve descansar seguro no Assim diz o Senhor e basear suas decisões nas infalíveis prescrições divinas. Ellen White adverte sobre a tentativa de Satanás em frustrar o avivamento da primitiva piedade. A Mensageira do Senhor diz que um dos meios utilizados por nosso inimigo seria “um excitamento emotivo”, o que possibilitaria falta de discernimento do que é sagrado e do que é profano. O que tem ocorrido, infelizmente, é que professos cristãos, ao invés de fazerem a Bíblia e o Espírito de Profecia seu alimento espiritual têm sido alimentados pela perniciosa e contínua programação da TV, com seus filmes e novelas, que são, na verdade, poderosos marqueteiros do reino das trevas (mas com uma cara bonita). Tal exposição remodela gradativamente a cosmovisão desses professos cristãos (que infelizmente são uma maioria), fazendo com que a igreja esteja sendo diretamente afetada com uma terrível e paradoxal crise de identidade: nossas doutrinas, definidoras de nossa identidade, são a expressa vontade de Deus, mas grande parte de nosso povo não as conhece na essência e tampouco está disposto e preparado para vivê-las. Tudo isso porque o alimento diário não é a Bíblia nem o Espírito de Profecia, mas TV, Internet e outras fontes de entretenimento. Hoje é o tempo em que aqueles que desejam viver vida piedosa afastem-se dessas coisas.

Temos visto também uma crescente inserção de práticas litúrgicas “pentencostais” em nosso meio, especialmente, no que diz respeito à música. Temos visto muitos confundirem sensações de cunho estritamente emocionais produzidas geralmente por músicas com ritmos mundanos com presença imanente de Deus. Nesse tal “reavivamento litúrgico” as pessoas são levadas a “sentir a presença de Deus”. Argumenta-se que é isso que as pessoas querem e que isso encherá nossas “mornas” e vazias igrejas. Rejeita-se com isso, no entanto, o que o Senhor está mesmo disposto a nos oferecer amoravelmente: Sua direção, através da iluminação de Sua Santa Palavra. Comete-se um equívoco seríssimo: a mornidão laodiceana não está relacionada à liturgia, mas, sim, ao pouco valor que se dá à vontade revelada de Deus através da Bíblia e do Espírito de Profecia. Ao invés de se ter a Palavra de Deus como norma final e metodológica, utiliza-se, muitas vezes, o que o mundo tem proposto. Deus nos concedeu revelação suficiente para todas as circunstâncias que envolvem nossas práticas litúrgicas e missiológicas.

CONCLUSÃO

Precisamos, portanto, permitir que Deus opere o avivamento da primitiva piedade que nos levará de volta à Bíblia e ao Espírito de Profecia. Só assim seremos vitoriosos. Precisamos de uma vida amoldada em nosso Divino Padrão (Jesus) e dessa forma saberemos e experimentaremos a vontade de Deus e chegaremos seguros a Canaã celestial.

Vinícius Mendes de Oliveira. Professor de Língua Portuguesa do Ensino Médio do IAENE, Aluno do 5º período do SALT-IAENE e Mestrando em Sociologia e Cultura na UFRB

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Oração: Chave na mão de Fé


Oração: Chave na mão de Fé

Então Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse na presença de Israel: Sol, detém-se sobre Gibeão, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom.  E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no livro de Jasar? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a esse, nem antes nem depois dele, atendendo o Senhor assim à voz de um homem; pois o Senhor pelejava por Israel. (Josué 10:12 -14)



            A vida é repleta de grandes desafios. Muitas vezes nos encontramos diante de situações sobre as quais não temos poder algum. As impossibilidades são comuns no curso da nossa vida.
            Ao contrário de nós, para Deus não existe impossibilidades. Essa é uma das grandes diferenças entre Deus e a humanidade.
            Josué foi um homem que enfrentou grandes desafios e sempre saiu vencedor deles. Quando foi um dos doze espias, se mostrou confiante na vitória que Deus poderia dar ao povo. Em sua vida adulta teve que enfrentar provavelmente o maior de todos os desafios: substituir Moisés. Uma tremenda responsabilidade tanto do ponto de vista da pessoa a quem ele tinha que substituir, quanto da missão que a ele era dada, conduzir o povo na conquista da terra prometida.
            No texto bíblico acima novamente Josué está diante de um grande desafio. Os Gibeonitas haviam solicitado o auxílio do exército de Israel na luta contra  os Amorreus. O substituto de Moisés não era homem de fugir da luta, e logo arregimentou o exército para a batalha.
            Existe um detalhe interessante no verso 12. A Bíblia diz que a batalha aconteceu “no dia em que o Senhor entregou os amorreus na mão dos filhos de Israel”. Josué e o povo estavam em um guerra já ganha. Neste momento  podemos nos perguntar: por que lutar em uma batalha já ganha? Qual a intenção de Deus ao enviar o povo para uma guerra que Ele já havia vencido antecipadamente? A resposta é: apenas para batalhar.   
           
O segredo do êxito está na união do poder divino com o esforço humano. Aqueles que levam a efeito os maiores resultados são os que mais implicitamente confiam no Braço todo-poderoso.( Patriarcas e Profetas. p, 371.)

            Em  nossa vida constantemente nos deparamos com grandes desafios. Deus tem poder suficiente para vencer cada um deles em um piscar de olhos e sem nossa participação. Mas não é assim que Deus age. Ele não faz aquilo que está ao nosso alcance fazer. Para que tenhamos sucesso em nossas empresas se faz necessário que unamos o poder divino ao nosso próprio esforço. O poder divino sempre está a nossa disposição, o mais comum é faltar nossa parte. Sejam problemas nos relacionamentos, nos estudos, no trabalho, qualquer um, Deus pode resolver, mas se o ser humano não fizer sua parte, o sucesso não será alcançado.
            Naquela batalha, Josué e seus homens estavam fazendo sua parte. O desafio era coletivo, então cada um deles deveria fazer a parte que lhe correspondia. Contudo, Josué se deparou com algo sobre o qual ele não tinha o que fazer. O dia estava acabando e a batalha ainda estava longe de ser terminada. Se o dia terminasse, o exército amorreu teria tempo de se recompor e no outro dia a batalha seria ganha com bem mais dificuldade. Josué precisava do sol por mais tempo.
            Neste momento, foi feita uma oração muito ousada e estranha. “Sol, detém-se sobre Gibeão, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom.” Qualquer um de nós se estivéssemos do lado de Josué pensaríamos que ele estava louco. Mas o certo é que o sol parou.
            O autor bíblico não tinha dimensão do que aconteceu para que o “sol parasse”. A ciência nos mostrou que não é o sol que gira em torno dos planetas e sim o contrário. Portanto, Deus alterou toda a dinâmica do Sistema Solar apenas para ouvir a oração de Josué.
            Interessante como a Bíblia registra este acontecimento: “atendendo o Senhor assim à voz de um homem”(v. 14). Por que não ficou registrado “atendendo o Senhor a voz de Josué”? Existe um lindo recado nesta passagem. Deus atendeu a um pedido impossível de “um homem” igual a todos nós. É certo que nem sempre Deus fará tudo que nós queremos. Ele é soberano e onisciente e por isso não devemos discutir suas decisões, mas ele atende a oração de homens e mulheres pecadores por causa de Seu grande amor.
            O que tinha de especial em Josué para que um pedido tão difícil tenha sido atendido? Ellen White faz o seguinte comentário a respeito deste episódio:

O homem que ordenou: "Sol, detém-te em Gibeom, e Tu, Lua, no vale de Aijalom", é o homem que durante horas jazeu prostrado em terra, em oração, no acampamento em Gilgal. Os homens de oração são os homens de poder.( Patriarcas e Profetas. p,  371)

            Uma vida de oração. Eis o grande segredo de Josué. Este homem tinha tanta intimidade com Deus que sabia que podia pedir qualquer coisa.
            Este relato deve nos levar a pensar: como está minha vida de oração? Quanto tempo tenho investido do meu dia conversando com Deus? Sou íntimo o suficiente de Deus para confiar que Ele pode fazer o impossível em minha vida?
            A recomendação bíblica é “orar sem cessar”(I Tess. 5:17). Isso não significa ficar o dia todo ajoelhado. Significa orar em todos os momentos. Ter momentos de oração tranquilos sozinho com Deus, mas também orar enquanto caminha para o trabalho, orar enquanto pratica esporte, orar enquanto namora, orar enquanto dirige, orar sempre...
            A oração é um poderoso recurso,
As trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração. As sutis tentações do inimigo os incitam ao pecado; e tudo isso por não fazerem uso do privilégio da oração, que Deus lhes conferiu. Por que deveriam os filhos e filhas de Deus ser tão relutantes em orar, quando a oração é a chave nas mãos da fé para abrir o celeiro do Céu, onde se acham armazenados os ilimitados recursos da Onipotência? (Caminho a Cristo, p.  94)

            É por isso que uma vida de oração é tão importante, porque quando oramos, lançamos mão de recursos onipotentes vindos do céu. Não há impossibilidades na vida do crente de oração. Necessitamos de oração para nos mantermos vivos espiritualmente considerando que,

A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro meio de graça a pode substituir, e a saúde da alma ser conservada. A oração põe a alma em imediato contato com a Fonte da vida, e fortalece os nervos e músculos da vida religiosa. Negligenciai o exercício da oração, ou a ela vos dediqueis de quando em quando, com intermitências, segundo pareça conveniente, e perdereis vossa firmeza em Deus. (Mensagens aos Jovens. p, 250)

            Cristão que não ora é cristão morto. Assim como o corpo não vive sem a respiração, a vida espiritual também não subsiste sem oração.
            Diante de tantos problemas que a vida nos apresenta, somente conseguiremos ser bem sucedidos se confiarmos em Deus e tivermos uma vida de oração. "Se tiverdes voz e tempo para orar, Deus terá tempo e voz para responder".(Ellen White . Review and Herald, 1º de abril de 1890.) Não é algo fácil, mas precisamos todos os dias nos entregar a Jesus  e apelar para que sua graça perdoadora e santificadora nos faça homens e mulheres de oração. “Que cada respiração seja uma oração” (Ciência do Bom Viver. p,  511).




BIBLIOGRAFIA
           
WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas. Casa Publicadora Brasileira. 2007.
WHITE, Ellen G. Caminho a Cristo. Casa Publicadora Brasileira. 2007
WHITE, Ellen G. Mensagens aos Jovens. 10ª ed. (Eletrônica). Casa Publicadora Brasileira.
WHITE, Ellen G. Ciência do Bom Viver. 10ª Ed. (Eletrônica). Casa Publicadora Brasileira.