quarta-feira, 3 de julho de 2013

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Cristologia em João
Jesus como o eterno criador

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            Imagine a seguinte situação: Um réu chora e soluça enquanto afirma que não cometeu o crime do qual é acusado. Ele fala com muita convicção que nem estava no local do crime naquela data. Ele é bastante convincente a ponto de quase influenciar todos os jurados. No entanto, começam a chegar várias pessoas que afirmam tê-lo visto no local do crime. São muitas pessoas de diferentes lugares fazendo a mesma afirmação. Aquelas testemunhas juntas ganharam credibilidade e o réu foi condenado pelo crime.
Essa é uma situação que eu criei, mas que poderia ser real. O poder do testemunho é incalculável. Comecei com esta ilustração porque quero falar sobre os escritos do apóstolo João. É a visão de uma testemunha que temos nas suas cartas. Ele é uma testemunha ocular de Cristo, por isso tem autoridade para falar sobre Ele. Todo o evangelho e suas cartas dão testemunho de quem era Jesus e qual a sua missão. Especialmente as suas cartas abordam este assunto com mais força.
Martinho Lutero resume da seguinte forma as três cartas de João: “Esta primeira epístola de São João é genuinamente apostólica, e bom seria que viesse logo depois de seu Evangelho. Pois da mesma forma como ele promove a fé no evangelho, na epístola , ele faz frente àqueles que se gabavam da fé sem obras. Ele mostra, de diversas maneiras, como as obras não ficam de fora onde existe a fé. Mas se elas faltarem, a fé não é genuína e sim, mentira e trevas. Ele também ataca duramente o espirito do Anticristo, que naquela época já começava a negar a Cristo, [isto é,] que ele teria encarnado , o que atualmente está bem na moda: embora presentemente não se negue explicitamente, de público, que Cristo tenha encarnado, eles o negam com o coração, com o que ensinam e com o modo como vivem. Pois quem pretende salvar-se e tornar-se piedoso por meio de sua obra e atuação faz o mesmo que negar a Cristo, uma vez que Cristo se encarnou para nos salvar e santificar exclusivamente por seu sangue, sem nossa obra. A Epístola ataca, portanto, os dois flancos: aqueles que pretendem ficar sem obras na fé e aqueles que pretendem ser probos por meio de obras. Assim ele nos mantém no autêntico caminho do meio, que pela fé nos tornemos probos e livres do pecado e, depois, também, uma vez probos, pratiquemos as boas obras e o amor em função de Deus, de forma livre e desinteressada[i]”. O reformador conseguiu captar a essência das cartas do discípulo do amor. Nelas encontramos o agradável evangelho da salvação, acompanhado de duras repreensões e doutrinas cristãs profundas.

 Indo direto ao Assunto

João foge ao padrão das cartas de sua época. Não há apresentação do autor, nem saudação aos destinatários, nem outros elementos comuns às cartas do primeiro século.  João não faz introdução na sua carta como é o costume dos autores das epístolas. Vai direto ao assunto e começa pelo mais importante. Começa com uma lição de Cristologia.
O problema enfrentado pelo discípulo amado era a heresia conhecida como Gnosticismo, embora o autor não deixe claro qual o problema que ele enfrenta, o contexto histórico e o conteúdo da carta nos permitem afirmar isso. “O autor não diz quais eram as doutrinas e nem quem eram os causadores da sua preocupação, mas, provavelmente, tratasse de alguns ensinamentos que, sob o nome genérico de gnosticismo, começavam desde então a infiltrar-se nos círculos cristãos da Ásia Menor[ii]”.  Philipp Vielhauer afirma que aquela carta era como um “tratado com finalidade determinada[iii]” e acrescenta: “Foi o aparecimento de heresias que motivou o autor a redigir seu escrito[iv]”. O fato da carta não está endereçada nos mostra que João achava esta heresia um perigo para todos os cristãos e por isso dirige sua carta a todos os seguidores de Cristo.
O Gnosticismo traz em si um problema grave que afetou os tempos de João e também afeta alguns em nosso tempo: uma cristologia falsa. Ao lermos as cartas identificamos alguns problemas dessa heresia. Os seus adeptos negam que Jesus veio em carne (2 Jo. 7), negam que Jesus é o Cristo (1 Jo. 2:22) e negam que ele é o Filho de Deus (1 Jo. 2:23). Podemos dizer que João enfrentava uma variante do docetismo gnóstico[v]. O historiador Paul Johnson resume assim o gnosticismo: “O Gnosticismo é uma religião do “conhecimento” – esse é o significado da palavra – que afirma deter uma explicação interna para a vida” [...] “Os gnósticos mais perigosos eram os que, intelectualmente, mantinham sua linha de pensamento dentro do cristianismo, mas produziam uma variação que punha o sistema a perder[vi]”.  Não compreender bem quem é Jesus Cristo pode ser letal para o cristão.

A Cristologia de João

Quando usamos o termo cristologia estamos nos referindo ao ramo da teologia que estuda a pessoa de Jesus. Oscar Cullmann esclarece: “A cristologia é aquela que tem por objeto a Cristo, sua pessoa e sua obra[vii]”. Essa é uma descrição perfeita do início da primeira carta de João. Ele começa falando de Jesus, sua pessoa e obra.
O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram do Verbo da vida
(1 João 1:1). As primeiras expressões da carta já apontam para o Salvador: “O que era desde o princípio” e o “ Verbo da vida”. Sem dúvida, há aqui uma ligação íntima com Gênesis 1:1 e com o evangelho de João 1:1. Essa duas expressões e esses dois textos com os quais estão ligadas tratam de dois temas cristológicos: Jesus como agente criador e a preexistência de Cristo. A expressão “o que era desde o princípio” afirma que Jesus estava presente na criação. Mais que isso, que Jesus foi o agente ativo na Criação, além disso, as expressões falam da eternidade do Salvador. João desenvolve os dois temas nos seus escritos.

Jesus, o agente criador

Logo no início do seu evangelho o apóstolo João afirma que o “verbo”, Jesus Cristo, estava com Deus e era Deus (Jo. 1:1) e nos versos seguintes afirma que Jesus é o agente ativo da criação: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo. 1:3). Essa é uma verdade presente em vários outros lugares da Bíblia (Cl 1:15-17 , Hb. 1:2) o que dá mais força à cristologia de João.
Foi Jesus quem sujou as mãos de barro para nos criar, foi Ele quem soprou o fôlego de vida nas narinas. O que mais me impressiona é que quando Jesus estava criando Ele sabia o que teria que sofrer por aquela criatura (Ele é onisciente), mesmo assim criou. Essa é uma tremenda prova de amor.
O próprio João afirma que Ele nos amou antes de nos criar (Jo. 17:21) e que decidiu morrer em nosso lugar antes mesmo de pecarmos (Ap. 13:8). O apóstolo Paulo nos diz que Jesus nos escolheu para santidade antes de nos criar (Ef. 1:4). Jesus já pensava em nós antes de existirmos.
Tudo que vemos de bom na natureza é uma testemunha da criação de Cristo. “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite (Salmos 19:1-2). Deus seja louvado por sua criação!

A preexistência de cristo

            O segundo tema cristológico de João contido na expressão “o que era desde o princípio” é um dos mais controversos de todos os tempos e ainda causa problemas em nossos dias. A preexistência de Cristo é um tema fundamental para a nossa salvação. Apenas um Deus eterno poderia ser capaz de nos salvar, no entanto, algumas pessoas hoje não creem que Jesus é eterno, por isso, esse é um assunto importante e bastante atual.
A Bíblia nos permite afirmar que Jesus é 100% Deus, nunca foi criado, sempre existiu. Essa é (ou deveria ser) uma crença fundamental de quem aceita o cristianismo. “Jesus Cristo, a segunda pessoa da Divindade e eterno Filho de Deus, é o único Salvador do pecado; e a salvação do homem é pela graça por meio da fé nEle[viii]. Os cristãos bíblicos creem que ”Jesus é verdadeiramente Deus, sendo da mesma natureza e essência que o Pai eterno[ix]”. Por ser um tema tão importante, vou me demorar um pouco mais nele.

Múltiplas provas bíblicas

Existem diversos textos bíblicos que nos dão condições de ter convicção da plena divindade de Cristo. Começarei apresentando o que está escrito em Tito 2: 11-14: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo”. O texto afirma que Jesus é Deus e Salvador. O artigo contido na afirmação é a tradução da palavra grega “Kai[x]”. Nesses casos um artigo é usado para os dois nomes indicando que os nomes se referem à mesma pessoa. O mesmo acontece em 2 Pedro 1:1 quando Deus e Salvador são precedidos pelo artigo Kai. O texto está dizendo que o mesmo que é Deus é Salvador.
Em Romanos 9:5 encontramos a seguinte passagem: “Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente, Amém”. Aqui encontramos mais uma afirmação contundente de que Jesus é plenamente Deus e é eterno.
O profeta messiânico do Antigo Testamento faz uma afirmação sobre Jesus que por si só é conclusiva. Ele afirma que Jesus é Deus Forte e Pai da Eternidade (Isaias 9:6). Como o Pai da Eternidade poderia ser uma criatura? Não há lógica nesse pensamento. No Novo Testamento encontramos mais uma afirmação bastante clara: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;” (Colossenses 2:9). A palavra grega utilizada nesse texto para divindade é “Theotes” que quer dizer a face de Deus. O problema que Paulo enfrentava na igreja de colossos era exatamente o questionamento da divindade de Jesus, portanto, um dos objetivos de Paulo ao escrever esta carta era resolver este problema. Ele afirma para os colossenses que em Jesus existia a face de Deus.
Paulo tratou diversas vezes do assunto cristológico. Em Filipenses 2:2-8 ele trata de Jesus e seu exemplo e afirma que Jesus “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus”. “Forma” é a tradução da palavra grega Morphe que é usada para falar da essência de Deus. Quando Paulo afirma que Cristo é igual a Deus ele usa a palavra grega “Isos”, ou seja, igual sem nenhuma diferença. Quando ele fala “Tornando-se em semelhança de homens”, usa a palavra “Homoiamate” que quer dizer não igual. Poderíamos parar por aqui, mas existem mais evidências da plena divindade de Cristo.
Vamos para o livro de Hebreus 1:1-11. Um dos principais temas de Hebreus é a superioridade de Jesus sobre os anjos, Moisés e os levitas. Nesse trecho específico, encontramos diversas afirmações cristológicas. No verso três lemos que em relação ao Pai Jesus é a “expressão exata do seu ser”. Alguns se apegam ao verso cinco para sustentar que Jesus foi gerado. Neste verso o autor pergunta se algum ser criado (anjo) já foi adorado, depois cita uma série de passagens do AT que falam do Messias como superior aos anjos e em seguida cita o salmo 2:7. A expressão “tu és meu filho hoje te gerei” era uma expressão falada aos reis que foram coroados depois de Davi.  Apenas Salomão foi filho literal “gerado” por Davi. Todos os outros receberam este título sem o ser.
Não era um título literal, mas uma expressão de reconhecimento de majestade. Em relação a Jesus também não pode ser literal. O texto não está falando da geração (criação) de Jesus, mas de sua majestade. Em seguida, no verso seis, o autor manda os anjos adorarem Jesus. Apenas se adora a Deus. No verso oito Jesus é declarado Deus. Para não deixar dúvidas, o autor, nos versos nove e dez, cita duas passagens do Salmo 102: 25-27 referentes a Deus e as atribui a Jesus. 
Em Hebreus 7:3 encontramos o trecho em que se afirma que Jesus veio sem pai ou mãe, sem princípio de dias. Esta passagem está contida em um grande trecho que trata da superioridade de Cristo (4:14 – 8:2). O livro de Hebreus é outra prova irrefutável de que Cristo é plenamente Deus.
Em Apocalipse 1: 12-17 encontramos a descrição de Jesus majestoso. No verso 17 lemos uma frase de Cristo: “Eu sou o primeiro e o último”. Se compararmos com 1:8 onde lemos “Eu sou o Alfa e o ômega, diz o Senhor Deus”.  Não restará dúvida de que João está afirmando que Jesus é Deus. Ainda em apocalipse encontramos Deus e o Cordeiro como sendo a mesma pessoa (Ap. 22: 1-3).
Voltemos a Isaias, em 43: 10-11 lemos o seguinte: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador”. Jesus não pode ter sido gerado por Deus (como falavam os Arianos). A afirmação do verso de que não havia Deus antes dele, nos diz que se Jesus tivesse sido criado por Deus Pai, então, Deus Pai não poderia ser Deus, segundo a lógica do verso. É filosoficamente impossível que Jesus não seja plenamente Deus. Ele é o Senhor, único salvador.
As profecias do antigo testamento nos ajudam também a compreender a natureza de Jesus. Em Isaias 7:14, profecia sobre o nascimento de Jesus, diz que ele seria “Emanuel”. Em Mateus 1:23, o cumprimento da profecia, diz que ele é Emanuel, ou seja, Deus conosco. Miqueias (5:2) diz que Jesus existe “desde os dias da eternidade” e Mateus. 2:6 que fala do cumprimento da profecia nos confirma que o texto fala sobre Jesus.

Voltando para João

Depois desse breve passeio pela Bíblia quero voltar aos textos de João (embora tenhamos citado alguns anteriormente) para percebermos como João queria enfatizar a plena divindade de Cristo.
João 8: 58 é um dos textos mais contundentes sobre a divindade de Cristo. São palavras de Jesus sobre ele mesmo: “Antes que Abraão existisse EU SOU”. Essa é uma repetição da expressão de Êxodo 3: 14-15. Jesus estava afirmando que Ele é o Deus do Antigo testamento que tirou o povo do Egito e guiou pelo deserto. Encontramos uma repetição dessa afirmação em 8:24 e 13:19. Apenas Deus ou um louco poderiam fazer esta afirmação. Algumas pessoas querem dizer que Jesus não foi Deus, mas foi um homem bom que passou sobre a Terra. Isso é impossível. Se Jesus não for Deus ele é um louco que acreditava ser Deus e, dessa forma, não merece nenhum crédito nosso.

Afirmações que somente Deus poderia fazer

Jesus faz uma série de sete afirmações sobre ele mesmo que apenas Deus poderia fazer.
·         Em João 6:35 Ele diz “Eu sou o Pão da Vida” e no verso 51 diz que quem comer desse pão viverá eternamente. Apenas Deus pode conceder vida eterna (1 Tm. 6:16).
·         Em João 8:12 Jesus diz “Eu sou a luz do mundo”. O mesmo João diz em 1 João 1:5 que Deus é luz. Mais uma vez Jesus está afirmando que é Deus
·         Em João 10: 7 ele diz “Eu sou a porta das ovelhas” e no verso nove completa “Quem entrar por esta porta será Salvo”. Só quem pode dar salvação é Deus.
·         Em João 10:11 afirma “Eu sou o Bom pastor”. Essa é uma clara referência ao tão conhecido Salmo 23 e no verso 17 e 18 Jesus diz que tem autoridade sobre a vida.
·         Em João 11: 25, Jesus diz “Eu sou a ressurreição e a vida[xi]”. A afirmação é mais que clara.
·         Em João 14:6 encontramos a afirmação “Eu sou o caminho a verdade e a vida”. Apenas Deus poderia dizer isso de maneira verdadeira.
·         Em João 15:1 Ele diz “Eu sou a videira verdadeira”. Os judeus achavam que Israel era a videira. Esse era o pensamento do AT. Porém Jesus é maior, é Deus.

João continua sua cristologia ao longo do evangelho. Em João 1:18 Jesus é chamado de o Deus unigênito (Gr. Monogenes Theos). Mais na frente encontramos um episódio interessante. Os judeus tentaram apedrejar Jesus porque afirmavam que Ele estava fazendo-se igual a Deus (Jo. 5: 17-18). Os Judeus entendiam que Jesus estava afirmando ser Deus, em 5. 21-24 Jesus reforça a ideia. Isso acontece novamente em João 10: 27-33.
O evangelista conta como Tomé reconheceu Jesus como Deus (Jo. 20:28) e nos mostra que é vontade de Jesus que o reconheçamos da mesma forma (V. 30 – 31). Toda a obra de João está baseada na afirmação com a qual começou o seu evangelho: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1).
Há um propósito em João (assim como nos outros autores) fazer um esforço tão grande em mostrar Jesus como sendo plenamente Deus. Podemos resumir esse propósito com o verso mais famoso de João e de toda a Bíblia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Reconhecer Jesus como plenamente Deus nos dá a garantia que seu sacrifício foi suficiente para nos devolver o direito à vida eterna que o pecado nos tirou. Tudo o que temos a fazer é abrir o coração para esse Deus e deixar que ele controle a nossa vida. Faça isso agora.










[i] (Martinho Lutero. OS 8, 151-152)
[ii] ( Bíblia de Estudo Almeida. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. P, 306 (NT))
[iii] (Vielhauer, Philipp. História da Literatura  cristã Primitiva: introdução ao novo testamento, aos apócrifos, do novo testamento e aos pais apostólicos. – Santo André: SP: Editora Academia Cristã Ltda, 2012. P. 491)
[iv] (Vielhauer, Philipp. História da Literatura  cristã Primitiva: introdução ao novo testamento, aos apócrifos, do novo testamento e aos pais apostólicos. – Santo André: SP: Editora Academia Cristã Ltda, 2012. P. 498)
[v] Os Docetistas criam que Jesus homem havia recebido Cristo no nascimento e havia acontecido a separação destes dois pouco antes da Cruz, portanto o Cristo não havia morrido, apenas Jesus Homem. Outros problemas deles é que não aceitavam a salvação como estando ligada ao Jesus homem. A salvação estava ligada ao conhecimento que eles tinham de Deus, ao amor a Deus, ser gerados por Deus e à convicção de não terem pecados.
[vi] (Johnson, Paul. História do Cristianismo. Rio de Janeiro: Imago ed. , 2001. Pg. 60)
[vii] (Cullmann, Oscar. Cristologia do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2008. P. 17).
[viii] Afirmação contida no certificado de Batismo da IASD. Em algumas versões dos certificados a escrita pode variar mas, o sentido é o mesmo.
[ix] Questões sobre doutrina: o clássico mais polêmico da história do adventismo. Ed. Anotada – Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008)
[x] As análises das palavras gregas utilizadas neste texto são baseadas nas afirmações feitas pelos autores do livros A Trindade (CPB – 2006)
[xi] Sobre esse texto Ellen White afirma: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada”. (DTN, 372)