sábado, 29 de maio de 2010

O Regime Alimentar e a Saúde

O Regime Alimentar e a Saúde




“Nosso corpo é formado pela comida que ingerimos. Há constante desgaste dos tecidos do corpo; todo movimento de qualquer órgão implica um desgaste, o qual é reparado por meio do alimento. Cada órgão do corpo requer sua parte de nutrição. O cérebro deve ser abastecido com sua porção; os ossos, os músculos e os nervos requerem a sua.”



“Deve-se escolher o alimento que melhor proveja os elementos necessitados para a edificação do organismo. Nessa escolha, o apetite não é um guia seguro. Mediante hábitos errôneos de comer, o apetite se tornou pervertido.”

“A fim de saber quais são os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem.”

“Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Esses alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante.”

“Mas nem todas as comidas saudáveis em si mesmas são igualmente adequadas a nossas necessidades em todas as circunstâncias. Deve haver cuidado na seleção do alimento. Nossa comida deve ser de acordo com a estação, o clima em que vivemos e a ocupação em que nos empregamos. Certas comidas apropriadas para uma estação ou um clima, não o são para outro. Assim, há diferentes comidas mais adequadas às pessoas segundo as várias ocupações.”

“Deus nos tem dado ampla variedade de comidas saudáveis, e cada pessoa deve escolher dentre elas aquelas que a experiência e o bom senso demonstram ser as mais convenientes às suas próprias necessidades.”

“As pessoas que se têm habituado a um regime muito condimentado, altamente estimulante, têm um gosto não natural, e logo não podem apreciar o alimento simples. Levará tempo até que o gosto se torne natural, e o estômago se recupere do abuso sofrido. Mas os que perseveram no uso do alimento saudável, depois de algum tempo o acharão agradável ao paladar. Seu delicado e delicioso sabor será apreciado, e será ingerido com maior satisfação do que se pode encontrar em nocivas iguarias. E o estômago, numa condição saudável, não estimulado nem sobrecarregado, está apto a se desempenhar mais facilmente de sua tarefa.”



O Preparo do Alimento



“É pecado comer apenas para satisfazer o apetite, mas não se deve ser indiferente quanto à qualidade da alimentação, ou à maneira de a preparar. Se a refeição que comemos não é saborosa, o organismo não recebe tanta nutrição. O alimento deve ser cuidadosamente escolhido e preparado com inteligência e habilidade.”

“A alimentação deficiente, mal cozida, estraga o sangue, por enfraquecer os órgãos que o preparam. Isso desarranja o organismo, trazendo doenças, com seu cortejo de nervos irritados e mau gênio. As vítimas da deficiência culinária contam-se aos milhares e dezenas de milhares. Sobre muitos túmulos se poderia gravar: "Morto devido à má cozinha"; "Morto por maus-tratos infligidos ao estômago."”

“É um sagrado dever para os que cozinham o saber preparar alimento saudável. Muitas almas se perdem em razão de um errôneo modo de preparar os alimentos. Exige reflexão e cuidado o fazer um bom pão; há, porém, mais religião num pão bem feito do que muitos pensam. Na verdade há poucas boas cozinheiras.”

“É de vital importância a regularidade no comer. Deve haver tempo determinado para cada refeição. Nesta ocasião, coma cada um o que o organismo requer, e depois não tome nada mais até a próxima refeição. Muitas pessoas comem quando o organismo não sente necessidade de alimento, em intervalos irregulares e entre as refeições, porque não têm suficiente força de vontade para resistir à inclinação. Quando em viagem, alguns estão continuamente mordicando, se lhes chega ao alcance qualquer coisa de comer. Isso é muito nocivo. Se os viajantes comessem regularmente, um alimento simples e nutritivo, não experimentariam tão grande fadiga, nem sofreriam tanto enjôo.”

“Outro hábito prejudicial é o de tomar alimento exatamente antes de dormir. Pode-se haver tomado as refeições regulares, mas, por sentir-se uma sensação de fraqueza, ingere-se mais alimento. Mediante a condescendência, essa prática errônea se torna um hábito, e tantas vezes tão firmemente fixado que se julga impossível dormir sem comer. Em resultado de tomar ceias tardias, o processo digestivo é continuado através do período de repouso. Mas, embora o estômago trabalhe constantemente, sua função não é bem feita. O sono é mais vezes perturbado por sonhos desagradáveis, e pela manhã a pessoa acorda sem se haver descansado, e com pouco apetite para a refeição matinal. Quando nos deitamos para repousar, o estômago já devia ter concluído a sua obra, a fim de, como os demais órgãos do corpo, fruir repouso. Para as pessoas de hábitos sedentários, as ceias tarde da noite são particularmente nocivas. Para essas, as desordens criadas são geralmente o começo de doenças que findam na morte...Pelo menos cinco ou seis horas devem entremear as refeições; e a maior parte das pessoas que experimentarem esse plano verificará que duas refeições por dia são preferíveis a três.”



Maneiras Erradas de Comer



“O estômago está intimamente relacionado com o cérebro; e quando ele está doente, a força nervosa é chamada do cérebro em auxílio dos enfraquecidos órgãos digestivos. Sendo estas exigências demasiado freqüentes, o cérebro fica congestionado. Se este é constantemente sobrecarregado, e há falta de exercício físico, mesmo a comida simples deve ser tomada parcimoniosamente.”

“Muitas pessoas que rejeitam a carne e outros pesados e nocivos artigos pensam que, porque sua comida é simples e sã, podem condescender com o apetite sem restrições, comendo excessivamente, por vezes até a gulodice. Isso é um erro. Os órgãos digestivos não devem ser sobrecarregados com uma quantidade ou qualidade de alimento que torne pesado ao organismo o digeri-lo.”

“Alimento em excesso pesa no organismo, produzindo um estado mórbido, febricitante. Chama uma indevida quantidade de sangue para o estômago, causando resfriamento nos membros e extremidades. Impõe pesada carga aos órgãos digestivos, e, quando os mesmos têm executado sua tarefa, resta uma sensação de desfalecimento e fraqueza. Pessoas que estão continuamente a comer em excesso chamam fome a essa sensação de esvaimento; é, porém, causado pelo estado de exaustão dos órgãos digestivos. Há por vezes torpor do cérebro, com indisposição para o esforço mental e físico.”

“Não é fácil prescrever regras que se adaptem a todos os casos; mas, atendendo aos sãos princípios no comer, podem-se operar grandes reformas, e a cozinheira não precisa labutar continuamente para tentar o apetite.”

“Existem homens e mulheres de excelentes aptidões naturais, que não realizam metade do que poderiam efetuar se exercessem domínio sobre si mesmos quanto a negar-se ao apetite. Muitos escritores e oradores falham nesse ponto. Depois de comer à vontade, entregam-se a ocupações sedentárias, lendo, estudando ou escrevendo, não se dando nenhum tempo para exercício físico. Em conseqüência, é dificultado o livre fluxo dos pensamentos e das palavras. Não podem escrever nem falar com a intensidade e o vigor necessários para atingir o coração; seus esforços são fracos e infrutíferos.”

“Eis uma sugestão para todos quantos têm trabalho sedentário ou especialmente mental; experimentem-no os que tiverem suficiente força moral e domínio próprio: Comei em cada refeição apenas duas ou três espécies de alimento simples, não ingerindo mais do que o necessário para satisfazer a fome. Fazei exercício ativo todos os dias, e vede se não experimentais benefício.”

“A obediência às leis da saúde deve ser considerada questão de dever pessoal. Temos de sofrer os resultados da lei violada. Cumpre-nos responder individualmente a Deus por nossos hábitos e práticas. Portanto, a questão quanto a nós, não é: "Qual é o costume do mundo?", mas: "De que maneira eu, como indivíduo, tratarei a habitação que Deus me deu?"”



Retirado de: A Ciência do Bom Viver, cap. 23

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Como pregar o evangelho em todo o mundo


Como pregar o evangelho em todo o mundo
Felippe Amorim

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E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Mateus 24:14.
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O retorno de Jesus à Terra é uma certeza que todo estudante sério da Bíblia possui. Este evento foi afirmado pelo próprio Jesus quando disse:Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também” (Jo. 14:1-3). Esta é a grande esperança dos adventistas do sétimo dia. Por isso, todos devemos viver uma vida digna de quem aguarda este grande evento.
Jesus deixou registrado em Sua Palavra uma série de sinais que precederiam Seu glorioso retorno à Terra. Um estudo atento do capítulo 24 de Mateus nos mostra sinais naturais, políticos, sociais e religiosos que facilmente identificamos em nossos dias.
O último grande sinal da volta de Jesus também está registrado no capítulo 24 de Mateus. É a pregação do Evangelho em todo o mundo. Este é o grande evento que precede o maior                                                                                                                                                                                          espetáculo já presenciado pelo Universo.
Quando observamos o mundo que vivemos, podemos nos perguntar como o evangelho será pregado em todo o mundo. Hoje, mesmo com tantas facilidades tecnológicas, ainda enfrentamos grandes barreiras para a pregação do Evangelho. Países como a China e a Índia que detêm cerca de 1/3 da  população mundial possuem presença cristã muito pequena, e se falarmos da presença adventista, o número é ainda menor.
Mesmo aqui no Brasil, a situação é desafiadora. Em São Paulo, por exemplo, a população é de aproximadamente 18,8 milhões de habitantes e temos quase 70 mil adventistas.
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No restante do mundo, o desafio não é diferente, vejamos: Em Tóquio e adjacências vivem 35,6 milhões de pessoas e apenas 2.860 são adventistas. Em Nova York, são 19 milhões e 37.897 adventistas. Na Cidade do México, são 23,5 milhões de habitantes para 53.093 adventistas. Em Mumbai, na Índia, são 18,9 milhões e cerca de 10 mil adventistas. Se formos à China, um dos desafios do mundo atual, vamos encontrar Xangai com 14,9 milhões de habitantes para 6.274 membros, e em Beijing, 11,1 milhões de habitantes para 3.300 adventistas. A mesma realidade pode ser vista em Buenos Aires, com 12,7 milhões de habitantes para 22.978 adventistas. No Cairo, Egito, com 11,8 milhões de habitantes, vivem 289 adventistas. Em Manila, nas Filipinas, são 11,1 milhões de habitantes e 30.775 adventistas. Moscou na Rússia, tem 10,4 milhões de habitantes e 3.500 são adventistas (Revista Adventista. Nº 1218. Novembro de 2009. Ano 104. p. 4).


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            Quando nos deparamos com este quadro, corremos o risco de ficarmos desanimados, pensando que será impossível pregarmos o evangelho em todo o mundo para que a volta de Jesus seja uma realidade o mais rápido possível.
            Quando temos questões tão importantes como esta para responder, precisamos ir a mais confiável fonte de informações: A Bíblia. Nela encontramos relatos que nos dão o caminho para a solução deste nosso aparente impasse.
            Começaremos analisando o projeto evangelístico que Deus designou que Noé realizasse. O mundo antediluviano havia chegado ao limite da paciência de Deus. O supremo Criador resolveu então destruir o mundo, mas graças a Sua infinita misericórdia, quis salvar o maior número de pessoas. Por isso, deu uma mensagem a Noé e que ele fizesse uma série evangelística concomitante à construção da arca.
            Por cento e vinte anos, Noé pregou todos os dias a mesma mensagem, a mensagem presente para aquela época: o mundo seria destruído e as pessoas deveriam entrar na arca para se salvarem. Por certo, a maior série evangelística da história. No fim de 120 anos apenas 8 pessoas foram salvas. Será que era intenção de Deus condenar a maior parte das pessoas? Certamente não. Mas Deus não poderia salvar aqueles que não aceitaram a mensagem. Como diz Ellen White:
O Redentor do mundo tinha muitos ouvintes, mas poucos seguidores. Noé pregou ao povo cento e vinte anos antes do Dilúvio, e contudo bem poucos souberam dar valor a esse precioso tempo de graça. Exceto Noé e sua família, ninguém mais foi contado entre os crentes, nem entrou na arca. De todos os habitantes da Terra, somente oito almas aceitaram a mensagem; mas aquela mensagem condenou o mundo. A luz foi dada para que cressem, a rejeição da luz valeu-lhes a ruína. Nossa mensagem para o mundo será um cheiro de vida para todos quantos a aceitarem, e de condenação para todos os que a rejeitarem (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 190) .
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            A história de Noé nos dá a nossa primeira conclusão acerca da pregação de evangelho a todo o mundo. Devemos tentar alcançar o maior número de pessoas possível, mas para Deus a qualidade é mais importante que a quantidade. O ideal seria unir quantidade com qualidade, mas segundo a história bíblica, se tivermos que optar por uma das duas devemos sempre ficar com a qualidade dos conversos.
            Analisemos outra história registrada nas Sagradas Escrituras. Elias foi um fiel servo de Deus. Em certa ocasião do seu ministério, ele se deparou com um casal diabólico: Acabe e Jezabel. Este casal real havia feito o povo de Israel se distanciar de Deus e adorar deuses falsos da Fenícia.
            A missão de Elias era repreender o povo em nome de Deus. O profeta do Deus verdadeiro deveria levar a mensagem de juízo ao rei e, sob risco de perder a própria vida, entrou no palácio real e anunciou três anos e meio de seca na região. A palavra profética foi cumprida e quanto mais o tempo passava, mais a vida de Elias corria risco, pois Acabe e Jezabel queriam a todo custo a cabeça do profeta.
            Passado o tempo determinado por Deus, Elias marcou um encontro entre ele e os inimigos de Deus no Monte Carmelo. O profeta de Deus faz uma pergunta aos que estavam ali, pergunta esta que ecoa até nossos dias.




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E Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o. O povo, porém, não lhe respondeu nada (1 Reis 18:21).
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Esta é uma questão que precisa ser pensada seriamente por todos os cristãos. A pergunta de Elias não oferece a opção do meio-termo, era preciso uma posição firme por um dos lados – ou Deus ou Baal. Não podemos ficar servindo a dois senhores, ou melhor, a duas “teologias”, uma bíblica e outra contextual. A chamada ética circunstancial não pode ser aplicada na pregação do evangelho. A posição dos cristãos adventistas devem ser firme de tal forma que a identidade desta igreja seja mantida de acordo com a vontade de Deus expressa em Seus textos inspirados.

Após os improdutivos momentos de invocação dos profetas de Baal recheados de muito barulho, Elias orou a Deus, sem barulho, sem gritaria, sem agitação. Ele apenas orou a Deus e o Criador honrou a fidelidade do Seu servo. A Bíblia registra assim aquele momento:
Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. Quando o povo viu isto, prostraram-se todos com o rosto em terra e disseram: O senhor é Deus! O Senhor é Deus! (1 Reis 18:38, 39).
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            Ellen White descreve aquele momento:
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Com impressionante distinção o grito ressoa sobre o monte e ecoa pela planície. Afinal Israel está desperto, esclarecido, penitente. O povo vê por fim quão grandemente havia desonrado a Deus. O caráter do culto de Baal, em contraste com a sensata adoração requerida pelo verdadeiro Deus, está plenamente revelado. O povo reconhece a justiça e misericórdia de Deus em haver retido o orvalho e a chuva até que tivessem sido levados a confessar o Seu nome. Agora estão prontos a admitir que o Deus de Elias está acima de qualquer ídolo (Patriarcas e Profetas, p. 153).
                 
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A vida fiel de Elias fez com que o evangelho fosse rapidamente espalhado por toda a região. Embora houvesse outros fiéis escondidos nas cavernas, naquela ocasião o testemunho de um homem fiel fez com que a mensagem presente para aquela época fosse pregada para “todo o povo”, segundo a Bíblia.
A Bíblia está repleta de episódios  que nos ajudam a responder nossa pergunta inicial: Como pregar o evangelho em todo o mundo?
Analisaremos a história registrada no capítulo 3 do livro de Daniel. Os três amigos do profeta, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego receberam a ordem da adorar a imagem que o rei Nabucodonosor havia construído.


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A ideia de estabelecer um império e uma dinastia que perdurassem para sempre, apelou fortemente ao poderoso monarca cujas armas as nações da Terra tinham sido incapazes de resistir. Com o entusiasmo nascido da ilimitada ambição e orgulho personalístico, ele tomou conselho com seus sábios quanto à maneira de levar avante o projeto. Esquecendo as assinaladas providências relacionadas com o sonho da grande imagem; esquecendo também que o Deus de Israel, por intermédio de Seu servo Daniel, tinha-lhe esclarecido o significado da imagem, e que em conexão com esta interpretação os grandes homens do reino tinham sido salvos de morte ignominiosa; esquecendo tudo, exceto o seu desejo de estabelecer o seu próprio poder e supremacia, o rei e seus conselheiros de Estado decidiram que todos os meios possíveis seriam utilizados para exaltar Babilônia como suprema, e digna de submissão universal (Profetas e Reis, p. 505).

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            Existia uma mensagem que deveria ser espalhada por todo o mundo: Somente o Deus de Israel era verdadeiro. Esta era a mensagem presente naquela ocasião. O desafio era muito grande, pois aparentemente tudo conspirava contra a mensagem de Deus.
            O rei Nabucodonosor tentou obrigar os jovens fiéis hebreus a adorar a imagem de ouro, usando como instrumento de coerção a fornalha ardente. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram fiéis sem pensar nas consequências:
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Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, e disseram ao rei: Ó Nabucodonosor, não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e Ele nos livrará da tua mão, ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (Daniel 3:16-18).

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            O rei, portanto, os jogou na fornalha e naquele momento Jesus apareceu no meio da fornalha e os livrou da morte.
            Os versículos 28 e 29 do capítulo 3 de Daniel falam algo sobre o qual nós deveríamos refletir bastante:
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Falou Nabucodonosor, e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, o qual enviou o seu anjo e livrou os Seus servos, que confiaram nEle e frustraram a ordem do rei, escolhendo antes entregar os seus corpos, do que servir ou adorar a deus algum, senão o seu Deus. Por mim, pois, é feito um decreto, que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro deus que possa livrar desta maneira (Daniel 3:28, 29).

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            É impressionante este relato. Todo o império babilônico, que abarcava quase todo o mundo conhecido da época, recebeu a mensagem do evangelho em um só dia.
O testemunho de três jovens fiéis foi o suficiente para que a mensagem fosse pregada rapidamente em todo o mundo. Sem mídia eletrônica, sem grandes meios de comunicação, em um dia a mensagem foi pregada de forma espetacular.
            Ainda no livro de Daniel temos outro relato que pode responder nossa pergunta inicial. Em seu livto, capítulo 6, encontramos a famosa passagem de Daniel na cova dos leões.
            A fidelidade de Daniel e o prestígio que ganhou junto ao rei Dario da Pérsia, fez surgir inveja nos seus colegas de trabalho que incentivaram o rei a fazer uma lei que obrigava a todos orarem somente a ele mesmo. Daniel que seguia o princípio bíblico de agradar a Deus e não aos homens, continuou fazendo suas orações com a janela aberta em direção a Jerusalém.
            A pena para o desobediente seria a morte na cova dos leões. Mesmo relutante, o rei Dario cumpriu sua palavra e jogou Daniel na cova dos leões. O anjo do Senhor protegeu o profeta, fechando a boca dos leões.
            Novamente a vida fiel de um servo de Deus faz um grande trabalho missionário, como vemos na Bíblia:
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Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. Com isto faço um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque Ele é o Deus vivo, e permanece para sempre; e o Seu reino nunca será destruído; o Seu domínio durará até o fim.  Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; foi Ele quem livrou Daniel do poder dos leões (Daniel 6:25-27).

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            A mensagem presente para a época foi pregada em todo o reino da Medo-Pérsia em um só dia. Este é um grande exemplo de como podemos pregar a verdade de Deus em todo mundo. A vida de um fiel, Daniel, fez com que se espalhasse a mensagem de Deus em todo o mundo conhecido.
            No Novo Testamento podemos encontrar um outro exemplo de pregação do evangelho em todo mundo.
            Em Colossenses 1:23, Paulo diz:
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Se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro.
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            Um pequeno grupo de fiéis seguidores de Jesus foi o suficiente para pregar o evangelho em todo o mundo conhecido como lemos no texto acima. A vida deles foi uma pregação não verbal que convenceu multidões a seguir a Jesus.
            Os exemplos bíblicos que relatamos nas linhas acima nos mostram que a fidelidade de um cristão pode revolucionar o mundo.
            Quando hoje pronunciamos o nome de Osama Bin Laden, qualquer pessoa sabe a quem nos referimos. Mas antes de 11 de setembro de 2001 poucas pessoas no mundo saberiam quem era esse homem. Após o ataque às torres gêmeas em Nova York, em poucos minutos o mundo todo já sabia quem ele era. Não somente o interesse por Bin Laden cresceu, mas pela religião que ele professa. As grandes universidade do mundo criaram cursos sobre o islamismo, jornais fizeram reportagens de capa, revistas dedicavam muitas páginas ao assunto e o mundo inteiro passou a conhecer a filosofia e a cultura islâmica.
            Imagine agora que o decreto dominical saiu e o mundo inteiro está se adaptando a esta lei que supostamente trará a paz mundial. De repente surge um grupo de pessoas que são fiéis à Bíblia e, portanto, guardam o sábado, o verdadeiro dia do Senhor.
            Um fiel adventista do sétimo dia é preso e mesmo sob ameaça de perder a própria vida, não abre mão da verdade bíblica. Os jornais farão entrevistas para conhecer quem é este fiel adventista e farão reportagens sobre a Igreja Adventista e escreverão artigos sobre as doutrinas adventistas. As universidades farão debates sobre o sábado e em pouquíssimo tempo o evangelho será conhecido em todo o mundo.
            Um fiel é tudo de que precisamos. Apenas um fiel e o evangelho pode ser pregado em todo o mundo.
            Cada adventista do sétimo dia precisa buscar a Jesus de tal forma que quando chegar o momento certo, Deus trabalhe através da sua fidelidade e termine a pregação do evangelho em todo o mundo. Após a pregação em todo o mundo, Jesus voltará e nos levará para junto dEle e passaremos a eternidade sem a presença do pecado e com a presença de Deus.
   
 Artigo baseado em um sermão do Pr. Joaquim Azevedo.

BIBLIOGRAFIA

Revista Adventista. Nº 1218. novembro de 2009. Ano 104.
WHITE, Ellen G. Testemunhos Seletos, v. 3. 6ª edição. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira.
______ (2007) Patriarcas e Profetas. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Oração


"Se tiverdes voz e tempo para orar, Deus terá tempo e voz para responder".

Ellen White (Review and Herald, 1º de abril de 1890.)